Durante a maior parte da minha infância andei num colégio religioso, o que pode parecer uma surpresa dada a minha descrença nada menos do que crónica. Foi lá que passei aqueles que foram provavelmente os melhores anos da minha vida. A minha professora, a Irmã Maria de Lurdes, tinha muitas qualidades: gostava de mim e chamava-me "a menina dos olhos que riem"; era apologista da tradição de se trazer gomas e rebuçados quando alguém fazia anos; de vez em quando mandava-nos ir para a relva brincar e dar cambalhotas; o seu castigo preferido, quando nos portávamos mal, era mandar-nos fechar os olhos e tentar dormir (eu adorava); só me bateu uma vez e gostava de pôr música a tocar (a mais popular era a Estou pensando em Deeeeeus, estou pensando no amooooor)... mas sem dúvida que a sua maior qualidade era o facto de que, além de nos tentar educar para a religiosidade, também tentava fazer de nós cidadãos e pessoas conscientes.
Lembro-me especialmente de um dos conselhos que costumava dar-nos: o de, na hora da cama, reflectirmos sobre o que tínhamos feito nesse dia (os momentos bons, os momentos maus, o que faríamos de outra forma) e agradecermos as coisas boas da nossa vida. E vinte anos depois, este conselho parece-me mais sensato do que nunca.
Não conhecia essa música.
ResponderEliminarEstou a ver que, sem dares conta, foste evangelizada. O maior ensinamento que guardo também é esse de agradecer as coisas boas (já agora, agradeces a quem?). Foi a avó quem mo transmitiu. bj
Oxalá tivesse sido evangelizada.
EliminarNão sei se é egoísmo ou não mas para mim é mais importante o sentimento de gratidão em si do que o receptáculo desse sentimento. :)
Eu também fui educada por freiras. Quer dizer, fiz a primária toda num colégio em Leiria e sempre com a mesma professora, a irmã Maria Amélia. Tenho as melhores recordações dela, apesar dos meus colegas me contarem determinados episódios que provavelmente recalquei. Embora actualmente não tenha um pingo de crença em mim (excepto quando ando de avião, aí toda eu sou crente...), também sei reconhecer a importância do q uma educação católica teve na minha formação como pessoa. Beijinho
ResponderEliminarOlá, Joana! Em relação ao teu comentário no meu post da maquilhagem, o blush da Bourjois vende-se cá sim! Eu comprei o meu na Perfumes&Companhia :))
ResponderEliminarUm beijinho,
Margarida
Oops e não é que só agora é que reparei que moras na Suécia? Desculpa-me, sou uma tonta de uma distraída :P
EliminarTu e as tuas irmãs fizeram a Primária, hoje Ensino Básico, em colégios de freiras, porque não tinhamos família perto de nós, e eu e o pai, desse modo, trabalhávamos mais descansados, mas, certo é que todas as três, foram para o ciclo preparatório sem darem um erro ortográfico, e com boa bagagem cultural, comparativamente com crianças conhecidas que frequentavam outro tipo de estabelecimentos de ensino!
ResponderEliminarHá recordações de infância que ficam para a vida.
ResponderEliminarE é tão bom recordar esses momentos :)
Tb guardo muito boas recordações da minha escola primária :)
ResponderEliminarE tb costumo pensar antes de dormir no meu dia, o que fiz bem, o que fiz menos bem, o que devia melhorar... não aprendi na escola, aprendi na catequese :)
Beijinhos e boa noite*
Reflectir sobre as nossas acções é sempre um bom hábito :)
ResponderEliminarDevem ter sido tempos muito bons!!! Tens aí umas bonitas memórias!
ResponderEliminarBjxxx
Conselho sensato. Devemos dormir de consciência tranquila.
ResponderEliminarA minha avó dizia-me o mesmo em criança :) Claro que só em adulta lhe dei razão :)
ResponderEliminarConselho mais que sensato mesmo.
ResponderEliminarBeijinhos
Também andei num colédio de freiras até aos 14 anos, e relembro com carinho! :)
ResponderEliminarAh, que post lindo!!! ADOREI!
ResponderEliminarConselho bom é aquele que a gente leva para o resto da vida :-). E a gratidão é a maior virtude do ser humano.
Bjssss
Não andei num colégio de freiras, contudo o conselho que era dado à noite nesses locais, sigo-o. Faço isso todos os dias.
ResponderEliminareu também fui aluna da irmã Maria de Lurdes um bocadinho mais tarde, em 2001, e posso confirmar tudo o que disseste. As tradições dela perduraram, sem dúvida q integra o meu passado! Muito sucesso no blog! Beijinhos
ResponderEliminarOlá Joana. Por acaso não és da turma nascida a 1983. É que também tive a mesma professora a Irmã Maria de Lurdes e tenho muito boas recordações. Cumprimentos Emanuel Queirós
ResponderEliminar