terça-feira, 25 de setembro de 2012

De visita a casa dos outros...


Hoje, no entanto, lembrei-me de um texto que já encontrei há algum tempo no blogue “Andando por aí”. Eu não vou publicar o texto inteiro, pois é bastante comprido, mas vou-vos deixar o link para ele. O tema parece banal, o conteúdo parece óbvio, mas quantas vezes nos esquecemos de agir conforme os princípios com os quais fomos educados? Especialmente quando vivemos num país que não é o nosso e muitas coisas parecem piores do que “lá em casa”. Já vi muitos imigrantes aqui na Suécia a comportarem-se de forma bizarra e mal-educada... Desde recusarem-se a aprender a língua, gozarem (versão brasileira: zoarem) abertamente com os professores da escola grátis que têm o privilégio de frequentar, violarem a lei Sueca (um dia escrevo sobre um caso flagrante), criticarem o país de forma grosseira à frente dos nativos... a lista não acaba. 

Não sei o que é que vocês acham mas, na minha humilde opinião, este texto devia fazer parte do SFI. Fica a sugestão! 

18 comentários:

  1. Ótima semana, Joana!
    Adorei o texto. Perfeito.
    Nunca saí do Brasil, e mesmo aqui dentro deste gigante, só conheço bem dois estados (e um cantinho do 3º).
    O que descobri em minha viagens virtuais, através de minhas queridas companheiras de blogs, é que todo lugar tem suas peculiaridades.
    Comparar saudavelmente, para que as informações fluam, é maravilhoso, assim como é feito com a grande maioria das blogueiras.
    Porém, trabalhar só em cima de mel e fel; bom e mau; feio e bonito, acaba sendo ruim para a própria pessoa, que perde a beleza da vida e fica melancólica (se já estiver, só piora)!
    Lindo seu blog; através dele, conheço mais Portugal e Suécia!
    Um beijão do Brasil,
    Cri.

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    1. Cristina, o Brasil é tão grande e tão "variado"... Imagino que viajar pelo Brasil seja, de certa forma, como visitar países diferentes :)
      Eu concordo consigo, comparar saudavelmente é bom, aliás, as comparações são inevitáveis... Mas eu fico triste e chateada quando vejo gente que vem para um novo país e quer transformar esse país no seu antigo país... Muitas vezes, essas pessoas esquecem-se que foram praticamente obrigadas a abandonar os seus países devido à guerra, ao fanatismo religioso, à pobreza e até à fome...
      Beijo da Suécia!

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  2. Joana,
    Gente mal educada me dá preguiça, ainda mais quando está na condição de imigrante reclamão. Não está bom? Por que não volta pra casa? Sério, não tenho paciência. Bj

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    1. Eu entendo perfeitamente. Cada vez menos tenho paciência para certas atitudes... Beijo

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  3. Obrigada por compartilhar meu texto Joana, fico feliz que você tenha gostado e achado ele útil. E sigamos aprendendo com essa vida de expatriadas! Beijos

    Marcela.

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    1. Marcela, muito sinceramente, esse texto "nasceu" para ser partilhado! Obrigada por escrevê-lo, pois deu voz a um assunto que precisa de ser discutido. Beijo e volte sempre!

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  4. falta de educação existe em todos os cantos do mundo, e, grande parte dela, vem de pessoas com elevadas habilitações académicas, que se julgam superiores aos outros...
    bj
    Jessica

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    1. Nem mais!
      Eu acho que este texto descreve um tipo de má educação muito peculiar, que é aquele que se presencia em países que acolhem muitos imigrantes... No caso da Suécia, 10% da população é composta por imigrantes...
      Beijo

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  5. Oi Jô,
    Por falar em visitar a casa dos outros, já estou eu aqui visitando sua casa virtual e te apelidando como fazemos em São Paulo, usando somente a primeira sílaba do nome... Posso?
    Li seu texto e o texto da Marcela. A reflexão é interessante e sempre pertinente.
    Vou compartilhar contigo um trecho do livro que estou lendo, se chama "A doce vida na Úmbria" e narra a adaptação de uma americana na Itália.
    "... não me espanto mais com o vigor com que os expatriados condenam a Itália. Todas as vezes que ouço uma reclamação, me pergunto porque a pessoa continua aqui. Voltem para Costwolds, para Berlim. Voltem para Nova York. E como uma pessoa que se estabelece em outro país pode ridicularizar ou desprezar a cultura desse lugar?"
    A adaptação não é fácil, passei por isso e sei o quanto é desafiador não comparar a nova realidade com a nossa pátria emocional...
    Enfins... são escolhas da vida.
    Bjim
    Márcia

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    1. Pode sim Márcia! :) (sabe o que "Jô" sempre me faz lembrar? O Jô Soares, rá!)
      Essa passagem de texto é muito adequada ao tema... difícil entender como uma pessoa que se estabelece de livre vontade noutro país pode ter uma atitude tão negativa em relação ao mesmo... O assunto não é linear, e há momentos em que eu quase "morro" de frustração com certos episódios aqui na Suécia, mas é essencial manter o respeito...
      Beijos

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  6. Oi Joana!
    Eu concordo com a Cíntia: a porta da rua é serventia da casa! Não tá gostando daqui é só dar meia volta e correr para a saia da mãe...
    Apesar disso, não acho que a gente deva enaltecer em demasiado uma nova pátria. Acho que eu to ficando meio "lagom" sabe? Reclamar é falta de educação mas ficar babando demais é puxação de saco!
    Achei um barato o texto e sim, eu já reclamei de comida aqui duzentas vezes. Jamais quando estou em visita na casa dos outros - na verdade, fiz uma vez numa daquelas festas de caranguejos: estava tão nervosa que parei de comer e fui embora da festa! Mas eu sempre procuro elogiar e comer com vontade, mesmo quando não gosto do prato...
    E viva os estrangeiros que lutam!
    =D
    Beijos

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    1. Oii! Sei que para requerer vistos para entrar em países como os E.U.A. e a Austrália é preciso assinar um contrato no qual a pessoa se compromete a respeitar a cultura local e a cumprir a lei. Eu NÃO entendo por que é que não é necessário assinar algo assim para entrar na Suécia. É que 10% de imigrantes não é brincadeira...
      Olha, eu, tu e a Cíntia deveríamos formar um novo partido hehe :)
      Não gostou dos caranguejos? Eu até gosto. As coisas que me dão desespero é mesmo o "gröt" e o "ostkaka"...
      Viva!
      Beijos

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  7. Gostei da sugestão de leitura. O texto está excelente. Como diz o povo, "em Roma sê Romano". É difícil aceitar culturas diferentes, mas realmente certo tipo de comporatmentos na terra que nos acolheu ou que visitamos é má educação.

    PS

    E nós às vezes descuidamo-nos

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    1. Sâbia como sempre, sis. Em Roma sê Romano. Sempre gostei desse ditado! O que não significa que algum dia venha a comer "blodpudding" (pudim de sangue) como uma boa Sueca... Ou fazer patinagem no gelo, que é algo que me dá pânico (tenho medo de partir os dentes!).

      P.S. Admito que às vezes me descuido.

      Beijo

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  8. Oi Joana vim visitar seu blog e dei de cara com esse texto. Sabe que por aqui nos EUA isso e gritante tambem, falta de respeito com o lugar onde vive, nem preciso citar os milhoes de imigrantes que aqui vivem que sequer aprendem a lingua do pais. Por mais que outra cultura seja dificil para nos que estamos chegando, um pouco de bom senso e educacao vai muito bem.
    Beijinhos

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    1. Bem-vinda ao blog, Monique! :D acho que é a primeira visitante dos EUA que tenho aqui no blog! Eu posso apenas imaginar como a situação é aí, no que respeita a imigrantes e a sua "adaptação"... Mas olha, aqui na Suécia uma pessoa não pode sequer dizer nada, senão é chamada de racista (se tiver sorte)... Se não tiver sorte é acusada de ser "anti Islão" (há muitos imigrantes muçulmanos aqui).
      Eu acho que aprender a língua do novo país é o mínimo que podemos fazer... Aliás, eu não conseguiria sentir-me bem aqui na Suécia se não entendesse nada do que se passa à minha volta! Penso que isto se aplica à grande maioria dos imigrantes. Ai, este assunto deixa-me muito "upset" mesmo (já deve ter dado para reparar, hehe), mas fico feliz por haver mais pessoas com o mesmo ponto de vista.
      Beijinhos da Suécia!

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  9. Realmente a lista não acaba né Joana!!! E se a gente fala muito ainda somos chamadas de racistas não é??
    Permanecer com os nossos principios eu concordo mas com certeza também respeitando e se abrindo a cultura do país que está sendo a nossa casa, isso é impressindível!
    Quanto aos alunos do SFI simplesmente laméntável, tem horas que eu me pergunto aonde esse país vai parar quando me deparo com determinadas atitudes de alguns estrangeiros, triste!!

    Quero te agradecer de coração a sua visita e as suas palavras de carinho lá no meu blog, volte sempre!!
    Bjks e bom final de semana.

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    1. Obrigada pela visita! :D
      É... A lista continua... E eu acho triste que nem os Suecos possam dizer nada (afinal, trata-se do seu próprio país!) por medo de serem chamados de racistas...
      A minha prima, que também vive na Suécia, teve uma situação muito interessante no SFI: ela tentou falar sueco com os colegas, no intervalo das aulas, e uma das colegas respondeu "Ah, eu não estou aqui para aprender sueco, estou aqui porque senão não recebo o meu subsídio". Eu gosto de pensar de casos destes são excepções, mas é natural que a gente perca um pouquinho a fé, quando ouve coisas assim.

      Renata, eu vou voltar ao seu blog, e vou acompanhar a sua luta! Beijos!

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