Escrevi o último post num momento de frustração (e com um bocadinho de ironia). A verdade é que a resposta à pergunta é: apesar de hoje em dia não se enriquecer por emigrar, emigrar compensa financeiramente. O ano está a chegar ao fim e olhei para trás. Fiz um resumo das coisas que fiz e dos sítios a que fui em 2015, algo que teria sido impossível se vivesse em Portugal, desempregada ou a ganhar o salário mínimo...
Comecei o ano em Praga e tive uma passagem de ano mágica.
Em abril fui dar uma volta à Noruega (Kongsberg)...
Em junho fiz uma roadtrip com destino à Croácia (Makarska) e pelo caminho passei dois dias em Berlim. E ainda bebi um café numa estação de serviço algures na Áustria e apaixonei-me pelas montanhas...
Berlim |
Algures na Croácia |
Makarska, Croácia |
Em julho passei pela Inglaterra (Oxford) e pelo País de Gales...
Oxford |
Algures no País de Gales |
E no meu aniversário (novembro) fui a Amesterdão.
Não vivo em luxo. É raro comprar coisas de marca e não queimo o meu dinheiro em saídas à noite. Vivo num estúdio de 22 metros quadrados para poder ter a liberdade de passar os meus fins-de-semana em Estocolmo e para poder viajar. A maioria das viagens que faço, faço-as com o cinto apertado. Mas sei que são coisas que não poderia fazer se tivesse ficado em Portugal. Os sacrifícios que fiz ao emigrar concederam-me a liberdade com que sempre sonhei. A liberdade de dar umas voltas pela Europa. A liberdade de decidir mudar completamente de rumo e voltar a estudar por três anos e meio. A liberdade de ter um part-time na minha área e (até ver) boas perspectivas de emprego quando terminar os estudos. No fundo, a liberdade de ir construindo uma vida à minha medida. Por isso, apesar de me chatear ter de gastar 500 euros num bilhete para ir a casa no Natal (algo que não considero um luxo mas uma necessidade) e apesar dos aspectos emocionais da coisa (saudades, solidão, desamparo, integração, you name it), emigrar continua a compensar financeiramente.
Muitos Parabéns, Joana! Já vi que fazemos anos no mesmo mês. ;-)
ResponderEliminarGostaste de Amesterdão?
As tuas fotos estão lindíssimas. Parabéns!
Gosto muito de Praga e um dia, gostava de ir à Noruega.
A solidão dos primeiros anos de emigração é tramada, mas depois, à medida que vamos fazendo amigos, melhora.
Viver noutros países (nem que seja temporariamente) é uma experiência muito enriquecedora e tens aproveitado bem.
Força aí!
Podia ter sido eu a dizer estas tuas palavras!
ResponderEliminarO importante é sentirmo-nos felizes com as decisões que tomamos, por mais dificeis que sejam.
Espero que 2016 te traga ainda mais coisas boas nesta nossa vida de emigrante!
Beijinhos!
Não é fácil emigrar, não tenho dúvidas tenho imensos amigos que foram obrigados a fazê-lo. E no entanto tenho que concordar, em PT nunca conseguirias esses passeios e aí por mim falo, que até ganho acima da média mas que mesmo assim, com o preço das coisas, ando sempre a contá-lo...
ResponderEliminarEmigrar não é uma decisão fácil e, por essa mesma razão, deve ser bastante ponderada para que no fim compense financeiramente, como tu bem disseste. Penso que só assim faz sentido.
ResponderEliminarEmigrar não é fácil, é uma decisão difícil por vários motivos. Mas credita que acaba sempre por compensar, cá em Portugal, mesmo quem ganha acima da média não ia conseguir viajar tanto.
ResponderEliminarEspero que 2016 seja tão bom quanto 2015 e possas continuar a conhecer e a tirar fotos maravilhosas.
Emigrar é mesmo complicado mas financeiramente... sim, ainda compensa. E foste a tantos lugares, que inveja...
ResponderEliminarPost giríssimo! Concordo contigo: eu própria também não faço grandes gastos e comecei a viajar.
ResponderEliminarPena não o ter feito mais cedo!
Fotos giríssimas e talvez daqui tire ideias para onde hei-de ir uma semana no Verão. Em Amsterdão já estive 2x.
pra mim, mais do que financeiramente, compensa emocionalmente. no brasil jamais teria a liberdade e a qualidade que tenho por aqui. e na balança dos prós e contras e ainda é um fator maior do que a saudade.
ResponderEliminarAqui temos de apertar o cinto só para sobreviver. :/
ResponderEliminarÉ certo que podes não viver em luxo, mas eu em Portugal também não e seria impensável visitar sequer um dos locais todos para onde viajaste. O meu problema é medo por não ter garantias nenhumas, se não também já tinha emigrado há muito tempo. Ficaria furioso se tivesse que pagar 500€ por um bilhete, portanto percebo a tua frustração :)
ResponderEliminarRicardo, The Ghostly Walker.
Como te compreendo: emigrar deu-nos a oportunidade de sair de casa dos pais, ter uma casa própria (alugada), oportunidade de adoptar uma gata (desejo meu), o namorado trabalhar em arquitectura que em Portugal é quase impossível e VIAJAR. Poder conhecer cidades que nunca antes tinha visto, porque não havia dinheiro para isso.
ResponderEliminarTal como tudo não vivemos numa vida de ricos (eu não trabalho), mas....dá para fazer muitaaaa coisa.
O chato são os preços dos bilhetes de avião, mas isso já é outra história.
Beijinhos****
Débora | Heidiland (www.heidiland.blogs.sapo.pt)
Também és escorpião?! O Ricardo faz dia 2 de Novembro...
ResponderEliminarSim, é verdade, nós também não vivemos com muitos luxos mas conseguimos viajar, beber um copo de vez em quando, até já comprámos casa...
Custa mas acho que compensa...
Quanto `a viagem, muito cara mas `as vezes não dá para comprar com mais antecedência...
Bem, no meu caso não posso sequer dizer que viva de cinto apertado, nem tenho que fazer demasiada ginástica para gerir as minhas contas.. mas, sem dúvida, nunca faria a vida que faço se tivesse ficado em Portugal. E é pena, é mesmo pena que o nosso país não nos permita lá ficar...
ResponderEliminarAcho que em Portugal terias muito mais dificuldades em fazer todas essas coisas sim. E depois na vida tudo é uma questão de prioridades e opções, se preferes viajar a roupas de marca, está muito bem assim. Só quem é muito rico é que nao tem de contar os tostões :)
ResponderEliminarJoana, cada vez que leio seus posts onde você comenta sobre Portugal vejo mais e mais semelhanças com o Brasil. E como disse a Ana Jahne, compensa emocionalmente. Eu não vivo na Europa, já morei um ano na Holanda, mas tenho muita vontade de me mudar, principalmente pela segurança e pelas questões que vc disse: dá pra se viver bem com pouco dinheiro, sem luxos, mas vive-se bem.
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